terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Clamor

Foi no silêncio de uma lembrança solitária que você me pegou a olhar pro passado e a contemplar páginas viradas. O tempo passou depressa demais. Tão depressa, que parece ter sido ontem que te deixei me ver partir. Parece ter sido ontem que deixei um pedaço de mim para trás e me contentei em viver metade.
Devia ter sido aos poucos e sem pressa o nosso regresso, mas esse agitado e impulsivo coração insistiu em se jogar e sem olhar para os lados, se despiu descaradamente, fazendo neblina virar dia de sol.
Neste ponto em que cheguei, não é mais permitido voltar atrás. A essa altura só posso me guiar pela luz do seu olhar e me deixar levar pra onde você queira me levar.
Hoje, quando vejo a tarde cair, me lembro do pôr do sol onde tudo terminou e lamento... Lamento por não ter mais dias para ver tudo acabar, lamento por saber que a única coisa que nos une é o mesmo sol que queima por dentro, lamento por ter sido eu, por ter sido você.

3 comentários:

Lexs' disse...

Dear...
"a única coisa que nos une é o mesmo sol que queima por dentro"...
Ameeei isso!!!
Keep going!!
Kisses, dear.

Unknown disse...

Lindo o que vc escreveu Mariana, mas é uma pena que não aconteceu... faltou a dedicatoria.

Unknown disse...

Nossa que profundo isso amiga...amei